É uma queixa comum, cada vez mais presentes nos consultórios de pediatria e algumas vezes chegando ate no Pronto Socorro Infantil, que sempre é fonte de preocupação para os pais.
É uma sensação dolorosa recorrente, de variada intensidade e freqüência, podendo, as vezes, acordar a criança a noite, ocorrendo de uma a duas vezes por semana ou mesmo a cada dois meses.
Acometem preferencialmente os membros inferiores, principalmente em panturrilhas, atras dos joelhos e nas coxas e não são localizadas nas articulações. Nunca são contínuas ou persistentes, predominantemente se iniciam no final da tarde, mas também podem surgir ou adentrar a madrugada e, na imensa maioria das vezes, cedem na manhã seguinte. É extremamente importante salientar que não há um “ponto específico” constante de localização da dor e, enfatizando, não são articulares. Não são acompanhadas por febre ou qualquer outro sinal ou sintoma.
A dor deve ser um sintoma isolado!
Se ocorrer, além da dor, inchaço, vermelhidão ou aumento de temperatura nos locais referidos, é importante relatar ao pediatra, para que avalie o quanto antes.
Quais são as causas?
De causas ainda não bem definidas, algumas teorias são mais aventadas, como isquemias ósseas transitórias, micro traumas e fadiga muscular.
A teoria da fadiga muscular, alega ao excesso de atividade física e brincadeiras ao longo do dia, que pode ser agravado pelo estresse, comum em períodos de provas escolares ou de conflitos emocionais e familiares. Há, ainda, a desconfiança de que o sintoma seja hereditário, já que a maioria dos pais de crianças como problema também o encarou na infância.
Como aliviar essa dor?
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo revelou que o acolhimento é eficaz em 80% dos casos. Ou seja, basta conversar com seu filho, tranquilizando-o, enquanto faz massagens com óleo ou creme hidratante ou de massagem e, a seguir, aplicar uma bolsa térmica ou compressa de água morna na região dolorida. Quando essas medidas não funcionam, pode-se recorrer a exercícios de alongamento, preferencialmente orientados por um fisioterapeuta, além de natação, que é uma atividade de baixo impacto. O objetivo é reduzir o número de episódios dolorosos e evitar o uso de medicamentos. No entanto, em situações raras, o pediatra pode prescrever analgésicos caso ele julgue necessário.
A dor do crescimento não desencadeia febre, inchaço, vermelhidão, perda do apetite, apatia, cansaço, nem leva a criança a mancar. Na presença desses sintomas, é preciso procurar o pediatra ou um ortopedista para investigar possíveis doenças ortopédicas, inflamatórias ou até mesmo a presença de um tumor.
Na dúvida: procure o médico especialista.
Dra. Milane Miranda 🎈
CRM-MA 6066
Atenção: ⛔️
Conteúdo exclusivamente de caráter informativo e educacional.
Post não substitui consulta! Procure o seu pediatra!
Tenho um filho que atualmente encontra-se com 11 anos e queixou-se muito dessas dores. Na época fui a uma especialista em dor que nos encaminhou para a fisioterapeuta devido a conclusão de dor de crescimento. Ele realizou sessões com o fisioterapeuta praticando pilares e hidroterapia. O resultado foi surpreendente.
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