FILHOS

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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Redirecionando o Blog!

Novo blog em novo formato e novo domínio: 
Deixarei de usar o para uma pagina nova, mais fácil de lembrar e de procurar!
Alem disso meus posts serão organizados de forma mais acessível a todos, tornando essa pagina uma espécie de ferramenta de busca quando se trata a abordagem dos problemas pediátricos do dia-a-dia!
Agradeco sua presença aqui e espero estar disponível para toda eventual duvida!
Dra. Milane Miranda – CRM 6066

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Meu bebê tosse: e agora?

“A tosse é a segunda queixa mais frequente nos consultórios de pediatria, perdendo apenas para a febre”.  
Dr.  Jayme Murahovschi. 


A tosse é um dos sintomas mais comuns entre os pequenos e um dos que mais levam pais a procurar os médicos e até mesmo os prontos-socorros durante a madrugada. Em recém-nascidos, ela costuma se manifestar em situações especiais. E quanto mais nova for a criança, maior a atenção e a rapidez necessárias para a avaliação do quadro.

Por que o bebê tosse?
A tosse é uma defesa mecânica do organismo na tentativa de eliminar algum agente que esteja atacando nosso organismo e provocando um tipo de processo inflamatório.
As causas da tosse em bebês são variadas, e podem ser desde problemas respiratórios, infecciosos, digestivos, ou, normalmente, só um sintoma do aparelho respiratório de uma patologia mais geral.
Surge como consequência de uma irritação e tem a função de expelir secreções ou corpos estranhos, ate mesmo como um engasgo com leite materno ou fiapos de tecido que possam vir a engolir sem querer.
Em resumo, é um reflexo natural que protege o aparelho respiratório. 
Quando a criança engasga, por exemplo, a tosse expulsa o objeto, impedindo que ele chegue aos pulmões. Já nos casos de gripe ou resfriado, tossir ajuda a eliminar o catarro.
Em geral, a tosse está associada a infecções leves do nariz e da garganta. 
Mas antes de ligar para o pediatra, é preciso levar em conta outros sintomas que podem acompanhá- la, como febre e coriza, e o tempo que a criança está tossindo. 

Infecções que causam tosse na infância: 

Resfriado
“É uma infecção provocada por vírus, com tosse que pode se acompanhar de coriza (nariz escorrendo) normalmente hialina (clarinha), espirros, lacrimejamento e olhinhos vermelhos, obstrução nasal (narizinho entupido). A febre nem sempre aparece nos bebês com resfriados, mas, se ocorrer, é baixa. O quadro é rápido, leve e não costuma afetar o estado geral da criança. Não há vacina contra resfriados”.

Gripe
“É diferente do resfriado tanto pelo seu agente causal (vírus influenza tipo A e B, para influenza, que podem sofrer mutações a cada surto) quanto pelos sintomas da gripe nos bebês, que são febre muito alta, aguda, prostração, cansaço, falta de apetite, podendo chegar a um quadro de pneumonia e até morte. Ela evolui em surtos e requer vacinação preventiva, que pode mudar a cada ano devido à característica de mutação e sazonalidade das epidemias.”

Coqueluche
A tosse da coqueluche é bem característica (conhecida como tosse quintosa), por vir em surtos e ataques e levar à falta de ar. A criança pode ficar roxa, e termina com uma inspiração forçada após a crise. A doença era pouco frequente, mas voltou há alguns anos, devido à perda de ação da vacinação após 10 anos de sua aplicação (última dose aos 5 anos).
Assim, os adolescentes e os adultos passaram a ser suscetíveis, e as maiores vítimas são as crianças até 1ano que não complementaram seu esquema vacina. Por isso, a orientação atual é a vacinação de todas as gestantes no 3º trimestre de cada gravidez, mesmo em mães que já tenham sido vacinadas em gestações anteriores. Essa prática protege os bebês até 2 meses dos riscos graves.”

Bronquiolite
“É outro quadro viral, que tem a característica de começar por um resfriado, com coriza por 3 a 4 dias, e então acontece a dificuldade respiratória com chiado de pulmão acompanhado de febre, tosse, falta de ar, que se agrava nos primeiros 4 dias, estabiliza por uma semana e leva mais uma semana para sumir. É um quadro arrastado, que pode se agravar quanto menor a criança e exigir internação para hidratação e oxigenação.”

Laringite
“Conhecida como ‘tosse de cachorro‘, seca, irritativa, provocada pela inflamação da laringe e das cordas vocais, podendo levar até a um quadro grave de sufocação. A sensação, normalmente, é muito mais grave do que o quadro, pelo tipo da tosse, com rouquidão.”
'E uma emergencia pediatrica, devendo-se levar a criança imediatamente ao pronto socorro infantil para ser avaliada de perto e medicada corretamente. Quando quadro muito agudo, sua evolução pode levar ao fechamento da passagem do ar na laringe e insuficiência respiratória aguda da criança.

Alergias
“Podem acontecer mais tardiamente, mas são raras em recém-nascidos e bebês pequenos. A chamada ‘marcha alérgica’ começa, hoje em dia, por alergia alimentar, evolui para dermatite, bronquite e depois rinite. A tosse pode aparecer nas duas últimas fases, normalmente desencadeada por agentes climáticos (tempo, frio, seco, chuvoso) ou alergênicos (pelos de animais, alimentos, poeira, pólen). A tosse, nesses casos, depende do órgão acometido.”

Pneumonias
“Podem ser principalmente virais ou bacterianas, apesar de haver outros agentes com quadro que pode variar de gravidade, podendo exigir até internação, de acordo com as complicações. A tosse pode ser um sintoma, mas não é o mais importante nesse caso. A febre é um grande sinal de alerta.”
Em todos esses casos, a prevenção começa no pré-natal adequado e com as vacinações necessárias. Após o nascimento, a maior ferramenta de proteção continua sendo o aleitamento materno, além das vacinas. 
Havendo qualquer sintoma, um médico deverá ser consultado.
 “Nunca automedique ou desmedique um bebê num quadro desses, por mais simples que possa parecer. 
O contato com o pediatra ou uma ida ao pronto-socorro pode salvar uma vida”!

Quando devemos nos preocupar?
• quando a crianca parecer ofegante, mesmo sem febre: as narinas se abrem mais a cada respiração ou nota-se a criança respirando rapidamente.
• os lábios e as unhas ficarem azuis.
• o muco nasal persistir por mais de dez dias.
• a tosse durar mais de uma semana.
• aparecer indícios de dor de ouvido.
• a febre permanecer acima de 37.7 graus por vários dias.
• a tosse aparecer de uma hora para outra ja estridente, parecendo o som de um cachorro latindo, metálica.
• quando a tosse vier de inicio subito, com sensação de sufocamento, por ser grande a possibilidade de engasgo com corpo estranho.

Dra. Milane Miranda
CRM MA 6066


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Crescer dói?

A resposta é que em muitos casos sim. 
Essa é uma dor bem mais comum do que se imagina. 
É uma queixa comum, cada vez mais presentes nos consultórios de pediatria e algumas vezes chegando ate no Pronto Socorro Infantil, que sempre é fonte de preocupação para os pais. 

O alvo são crianças na idade de 3 a 6 anos, com queixa de dores nas pernas, especialmente a noite. 


O que é a dor de crescimento?
É uma sensação dolorosa recorrente, de variada intensidade e freqüência, podendo, as vezes, acordar a criança a noite, ocorrendo de uma a duas vezes por semana ou mesmo a cada dois meses.
Acometem preferencialmente os membros inferiores, principalmente em panturrilhas, atras dos joelhos e nas coxas e não são localizadas nas articulações. Nunca são contínuas ou persistentes, predominantemente se iniciam no final da tarde, mas também podem surgir ou adentrar a madrugada e, na imensa maioria das vezes, cedem na manhã seguinte. É extremamente importante salientar que não há um “ponto específico” constante de localização da dor e, enfatizando, não são articulares. Não são acompanhadas por febre ou qualquer outro sinal ou sintoma.

O que deve-se observar na criança?
A dor deve ser um sintoma isolado!
Se ocorrer, além da dor, inchaço, vermelhidão ou aumento de temperatura nos locais referidos, é importante relatar ao pediatra, para que avalie o quanto antes.

Quando se pensa em dor de crescimento a criança deve ter aspecto saudável e ao exame físico não se detecta nenhuma anormalidade. Mesmo com a história clínica e exame físico já descritos, o pediatra pode solicitar exames laboratoriais, como radiografia em duas posições do local das dores, se não forem difusas e definirá, para cada paciente, se outros exames serão necessários. O esperado é que todos os exames solicitados não apresentem nenhuma anormalidade. Caso haja qualquer alteração, seja ao exame físico ou nos exames, o diagnóstico de dores de crescimento deverá ser imediatamente reavaliado e serem consideradas outras hipóteses.

Quais são as causas?
De causas ainda não bem definidas, algumas teorias são mais aventadas, como isquemias ósseas transitórias, micro traumas e fadiga muscular. 
Outras teorias afirmam que são devido ao crescimento ósseo acelerado, vindo a sobrecarregar os músculos e tendões. Porem para isso não ha comprovação cientifica. 
A teoria da fadiga muscular, alega ao excesso de atividade física e brincadeiras ao longo do dia, que pode ser agravado pelo estresse, comum em períodos de provas escolares ou de conflitos emocionais e familiares. Há, ainda, a desconfiança de que o sintoma seja hereditário, já que a maioria dos pais de crianças como problema também o encarou na infância.

O que é consenso é que o quadro é autolimitado e sem repercussão para o desenvolvimento da criança.

Como aliviar essa dor?
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo revelou que o acolhimento é eficaz em 80% dos casos. Ou seja, basta conversar com seu filho, tranquilizando-o, enquanto faz massagens com óleo ou creme hidratante ou de massagem e, a seguir, aplicar uma bolsa térmica ou compressa de água morna na região dolorida. Quando essas medidas não funcionam, pode-se recorrer a exercícios de alongamento, preferencialmente orientados por um fisioterapeuta, além de natação, que é uma atividade de baixo impacto. O objetivo é reduzir o número de episódios dolorosos e evitar o uso de medicamentos. No entanto, em situações raras, o pediatra pode prescrever analgésicos caso ele julgue necessário.

Como diferenciar a dor do crescimento de um problema mais sério?
A dor do crescimento não desencadeia febre, inchaço, vermelhidão, perda do apetite, apatia, cansaço, nem leva a criança a mancar. Na presença desses sintomas, é preciso procurar o pediatra ou um ortopedista para investigar possíveis doenças ortopédicas, inflamatórias ou até mesmo a presença de um tumor.

Na dúvida: procure o médico especialista.



Dra. Milane Miranda 🎈
CRM-MA 6066


Atenção: ⛔️

Conteúdo exclusivamente de caráter informativo e educacional. 
Post não substitui consulta! Procure o seu pediatra!