FILHOS

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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Mais sobre BLW: 12 coisas que você precisa saber!

SEIS COISAS QUE VOCÊ DEVERIA FAZER NO BLW
1. Para começar o BLW, a partir dos seis meses, o seu bebê deve estar bem sentado, com ou sem apoio, dependendo das habilidades motoras dele no momento. Nos primeiros dias, você pode sentar com ele no seu colo, de frente para a mesa. Uma vez que comece a colocá-lo sentado no cadeirão, vc pode utilizar almofadas pequenas ou uma toalha enrolada para mantê-lo ereto e na altura adequada em relação à bandeja ou à mesa.
2. Comece oferecendo pedaços de comida macios e fáceis de pegar. Os melhores são os palitos de fruta ou legumes macios e grossos, mais ou menos do tamanho do seu dedo indicador. Lembre-se que os bebês pequenos não conseguem abrir a mão voluntariamente para acessar o que tem dentro do punho fechado, então não espere que ele coma os pedaços inteiros, tenha outros pedaços preparados para quando ele terminar de comer a parte que sobressai na mãozinha fechada.
3. Ofereça variedade. Não é necessário limitar a experiência do bebê com a comida. É importante não sobrecarregá-lo em cada ocasião, mas apresentar-lhe sabores e texturas diferentes ao longo da semana lhe proporcionará uma variedade de nutrientes, além de ajudar a desenvolver as habilidades necessárias para comer. Na medida do possível e sempre que seja adequado, ofereça o mesmo que o restante da família come, para que ele possa participar de toda a experiência social.
4. Siga oferecendo o peito ou o leite artificial como anteriormente, além de oferecer água durante o dia. O padrão das mamadas não irá variar até ele começar a comer mais sólidos, o que irá acontecer de forma muito gradual.
5. Fale com o pediatra ou profissional da saúde que acompanha o desenvolvimento do seu bebê sobre a introdução de sólidos, discutam sobre história familiar de intolerância aos alimentos, alergias, problemas digestivos ou qualquer outra dúvida sobre a saúde ou desenvolvimento global do bebê.
6. Explique sobre o BLW a todos que vão cuidar do seu bebê.

SEIS COISAS QUE VOCÊ NÃO DEVERIA FAZER NO BLW
1. Não ofereça comida que não seja boa para o bebê, como comida pronta industrializada, alimentos ultra-processados ou com adição de sal/açúcar. Mantenha fora de seu alcance tudo o que possa levar ao engasgo.
2. Não ofereça sólidos quando ele está com fome e precisa mamar. O bebê com sono fica extremamente irritadiço e não se interessa pela comida.
3. Não pressione ou distraia o bebê enquanto ele manipula a comida. Permita-o concentrar-se e estabelecer sozinho o ritmo do que está fazendo.
4. Não coloque comida em sua boca (e esteja atento à crianças que podem querer tentar “dar uma mão” e fazer o mesmo). Deixar que o bebê tenha a iniciativa é uma característica fundamental de segurança no método BLW.
5. Não tente persuadi-lo para que ele coma mais do que quiser. As estratégias, jogos, subornos e ameaças não são necessárias.
6. NUNCA deixe seu bebê sozinho enquanto come.
Referência:
Rapley, G. Guia para implementação de uma abordagem de introdução de alimentos sólidos guiada pelo bebê. 2008. Disponível em: www.rapleyweaning.com.
Fonte: www.tanahoradopapa.com

terça-feira, 25 de agosto de 2015

INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: Papinhas x BLW!

O bebe vai chegando aos  6 meses de vida e  suas necessidades nutricionais já não são mais atendidas só com o leite materno, embora este ainda continue sendo uma fonte importante de calorias e nutrientes. A partir dessa idade, a criança já apresenta maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos.
Mas atenção: mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até os 2 anos ou mais. O leite materno continua alimentando a criança e protegendo-a contra doenças.
Muito se fala sobre o método ideal para introdução da alimentação complementar e atualmente vem cada vez mais em evidencia um novo método que vem vindo para revolucionar o até entao modelo alimentar vigente: O BLW.

Mas o que seria o  BLW?

A sigla BLW refere-se a “Baby Led Weaning”, termo proposto por Gill Rapley em 2008, na publicação de seu primeiro livro “Baby Led Weaning: helping your baby to love good food”. 

O termo “weaning”, embora frequentemente traduzido minimamente por “desmame”, inclui na verdade a introdução gradual e natural da alimentação complementar, sendo o desmame realizado gradualmente sob tempo indeterminado, já que a escolha de passar a comer mais e mamar menos é feita exclusivamente pelo bebê. 

Apesar de parecer complicado, o método nada mais é do que uma descrição de técnicas que algumas mães já praticam há anos, utilizando apenas o velho bom-senso. Assim, descreve uma maneira simples de iniciar a alimentação complementar dos bebês, permitindo que eles se alimentem sozinhos – não há oferta de alimento com a colher e nem oferta de papinhas. O bebê é posicionado sentado junto com a família e participa da alimentação quando estiver pronto, alimentando-se independentemente com as próprias mãos e posteriormente, após a aquisição de habilidades necessárias, com os talheres. 

As principais vantagens do BLW:

– permite que os bebês explorem sabor, textura, cor e cheiro dos alimentos;
– encoraja independência e confiança;
– ajuda a desenvolver a coordenação visual-motora e as habilidades de mastigação;
– reduz a probabilidade das crianças virem a ter algum tipo de frescura com a comida, tornando menos frequentes as “batalhas” travadas na hora da refeição.

De acordo com a autora, todos os bebês SAUDÁVEIS podem começar a alimentar-se sozinhos a partir dos seis meses, eles só precisariam da oportunidade. Este tempo coincide com o que preconiza a Organização Mundial da Saúde em relação à amamentação exclusiva até os seis meses do bebê, e complementar até os dois anos de vida da criança (ou mais).  

Segundo Rapley, o método considera o modo de desenvolvimento dos bebês no primeiro ano de vida, sendo que aos seis meses a MAIORIA dos bebês é capaz de sentar-se ereto, pegar objetos com as mãos e levá-los à boca e mastigar coisas, ainda que não tenham dentes. O que faz bastante sentido também, já que antes da resolução de 2003, a OMS antigamente preconizava a introdução de alimentos a partir dos 4 meses de idade. Assim, fazia-se necessário iniciar com papinhas homogêneas, pois o bebê, aos quatro meses, não tem maturidade – nem do ponto de vista motor, nem do ponto de vista fisiológico – para receber alimentos na forma sólida. Intuitivamente, segundo a experiência da própria autora, aos seis meses, as mães costumavam iniciar a introdução de sólidos.

Mas quanto as papinha, ainda podem ser usadas?

Sim, claro!

Entendemos que não deve existir um método exclusivo, mas sim uma combinação de métodos, mas sempre devendo-se ter cuidado com a consistência da alimentação.
O ideal é que as papas nunca tenham consistência liquida, de sopas, nem passadas em crivos ou processadas em liqüidificador.
Recomenda-se a consistência semi-solida para pastosa, onde haverá o estimulo adequado da mastigação e autonomia do bebe. 

Tenho cada vez mais introduzido esse método em meus pequenos pacientes e as respostas tem sido cada vez mais surpreendentes. 

O resultado são bebes saudáveis, com um paladar cada vez mais apurado, com aceitação de variedade alimentar cada vez mais extensa e cada vez mais independentes tanto dentro quanto fora da mesa! 

Fontes: 
Sites:
www.tanahoradopapa.com

The Baby Led Weaning Blog – http://www.babyledweaning.com

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Sobre o uso e abuso de antibióticos!

Para se ter sucesso no tratamento da criança alérgica ou com sintomas que parecem alergia é importante que os pais entendam o que acontece nas vias aéreas dessas crianças. O que a alergia provoca no sistema respiratório é uma irritação. É importante salientar que se trata de uma irritação e não de uma infecção. No jargão médico, essa irritação é chamada de processo inflamatório. E inflamação é diferente de infecção! Com frequência, crianças alérgicas tomam antibiótico desnecessariamente, quando esta irritação é confundida com infecção.
Febre não indica necessariamente que é preciso dar antibiótico.
Nos primeiros anos de vida, as crianças apresentam infecções virais com certa frequência. Nove em cada dez casos de febre em crianças abaixo de cinco anos estão relacionados com infecção viral - e vírus não se trata com antibiótico. O argumento de que a febre está muito alta, acima de 39ºC, também não justifica a prescrição de antibióticos. Podemos encontrar crianças com 39, 40 ºC de febre causada por um simples resfriado e não é raro termos crianças com 37,5 ºC que estão com meningite. Portanto, a intensidade da febre não indica necessariamente a gravidade do problema. Febre indica apenas que o organismo está reagindo a alguma coisa, o que pode ser um bom sinal.


Investigar antes de dar o antibiótico

Muito mais preocupante é aquela criança que está prostrada, abatida, sem se alimentar e fria, com hipotermia. Na maioria das vezes só devemos nos preocupar com a febre se ela persistir por mais de cinco a sete dias. Em uma infecção viral, a febre não deve ir além de uma semana. No entanto, lembramos que preocupar não necessariamente indica prescrever antibiótico. Preocupar indica investigar para avaliar se a criança realmente precisa desse tipo de medicamento. Crianças raramente têm febre que persiste por mais de sete dias. Quantas vezes seu filho teve febre por mais de uma semana? Muitas vezes se prescreve antibiótico, a febre melhora, e todos vão dormir tranquilos com a impressão de que o remédio está fazendo efeito. Na realidade, na maioria das vezes, estava na hora da febre ceder, independente do uso de antibiótico.
Outro argumento muito usado para essas prescrições é a presença de catarro. Quem nunca ouviu que catarro amarelo-esverdeado é sinal de infecção e que é preciso tomar antibiótico? Mais uma vez esse conceito é errado e antigo. Hoje sabemos que um simples resfriado pode apresentar catarro amarelo-esverdeado e não necessariamente indica a necessidade de prescrição de antibiótico. Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Pediatria recomenda aos pediatras que só se preocupem com o catarro se ele persistir por mais de 10 a 15 dias, sem tendência de melhora. Portanto, não se justifica a prescrição de antibiótico na presença de secreção amarelo-esverdeada nos primeiros 10 dias. O antibiótico e a lavagem nasal com soro fisiológico levam ao mesmo resultado.


Atenção na interpretação de raios-X

A interpretação equivocada de raios-X também resulta na prescrição de antibiótico. Muitas vezes vemos crianças com diagnósticos de pneumonias ou sinusites baseados na interpretação errada de radiografias. Quem nunca ouviu o termo “princípio de pneumonia”? Pois princípio de pneumonia NÃO EXISTE. Quando se faz raios-X de tórax em crianças com tosse, peito cheio e chieira, essas radiografias podem vir alteradas e não necessariamente indicam a presença de pneumonia, muito menos a necessidade de prescrição de antibiótico.
O mesmo acontece com os raios-X dos seios da face. Quando se faz radiografia de seios da face durante uma gripe, quando a criança está com coriza, obstrução nasal e mucosa irritada, com o rosto inchado, em 90% das vezes os raios-X vão estar alterados. Isto não indica o diagnóstico de sinusite e muito menos a necessidade de prescrição de antibiótico. Portanto, alterações nas radiografias de seios da face ou de tórax não necessariamente indicam a presença de infecção bacteriana e necessidade de antibiótico.
A criança, na maioria das vezes, apresenta as vias aéreas irritadas e não infeccionadas. Uma das principais causas desta irritação é a alergia. No entanto, no meio ambiente, existe uma série de fatores que irritam as vias aéreas de qualquer pessoa, alérgicas ou não.
Em crianças com menos de cinco anos de idade, o que mais acontece é a irritação das vias aéreas causada por infecções virais. Quem nunca teve um resfriado e se viu com a garganta irritada, o nariz entupido, encatarrado, tossindo e com peito cheio? Muitas vezes, a infecção viral melhora, mas a irritação fica e a criança persiste com sintomas nasais, tosse e chieira por um tempo prolongado.



Cautela no uso de antibióticos
Nos primeiros cinco anos de vida, a criança tem, em média, 10 viroses por ano. Não se trata de fraqueza do organismo, nem de baixa resistência e muito menos falta de cuidado. Os primeiros anos de vida são um período em que crianças apresentam infecções virais que desencadeiam tosse, chieira e sintomas nasais recorrentes mantendo uma irritação das vias aéreas, estas infecções promovem a produção de anticorpos. Após o 5º ano de vida, a criança está com o sistema imunológico mais amadurecido e resistente, fazendo com que as infecções virais diminuam progressivamente.
Outros fatores presentes no ambiente, como poluição, mudança de tempo, cheiro forte, fumaça de cigarro e inseticida também podem piorar ou manter a irritação das vias aéreas. Salientamos que não existe alergia a cheiro, nem a mudança de tempo, ou poluição, mas esses são fatores que quando atuam numa via aérea já irritada desencadeiam ou mantêm os sintomas.
Em crianças, o fator irritante mais comum é a infecção viral. Por isto, para se ter sucesso no tratamento da criança alérgica é importante diminuir a irritação. O antibiótico não diminui esta irritação! Portanto devemos ser cautelosos e criteriosos na utilização de antibiótico em crianças. Estes medicamentos possuem inúmeros efeitos colaterais e com frequência deixam as bactérias mais resistentes e difíceis de serem vencidas.

Departamento de Alergia e Imunologia da SBP

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Consulta pediátrica pré-natal

A assistência à saúde da criança deve iniciar antes de seu nascimento.



A consulta pediátrica no pré-natal estabelece a formação de um vínculo com o pediatra antes do nascimento da criança. Vários estudos têm mostrado que as consultas de acompanhamento nos períodos pré e perinatal conseguem reduzir a mortalidade materna e do recém-nascido.
São vários os objetos desta consulta, para o pediatra e para a família, que podem ser referidos:
• Estabelecer e fortalecer um vínculo entre o pediatra e os pais antes do nascimento da criança. Preparar os pais para o cuidado do desenvolvimento físico e psicológico do bebê que está chegando. Obter informações básicas de grande importância no pré-natal. Discutir os anseios, preocupações e necessidades em relação à criança. Verificar dados sobre a saúde dos pais, hábitos de vida e situações de risco.

• Esclarecer sobre os tipos de parto e sobre alojamento conjunto. Orientar para os cuidados com os seios e as vantagens do aleitamento materno. Explicar sobre a higiene do bebê e falar das medidas de segurança em casa e no transporte da criança.

• Discutir sobre os fatores emocionais que possam interferir na estabilidade emocional dos pais, como: emprego, moradia, efeito da chegada da criança na família e o relacionamento com os irmãos.

• Acompanhar a gestação e o parto fazendo o papel do “cuidador” e orientando para os cuidados com a mãe e o recém-nascido, ajudando a diminuir o estresse familiar da expectativa da chegada do bebê.

• Iniciar a discussão sobre o aleitamento materno, as vantagens, as técnicas e as dúvidas, estimulando a família a falar o que pensa sobre a amamentação; quais são os seus anseios, medos e dificuldades.

• Identificar se a gravidez é de risco e agir da melhor forma de acordo com cada situação.

• Apoiar e ajudar os futuros pais no processo de cuidar do bebê e incentivar a iniciação deste trabalho de uma forma prazerosa.
• Orientar e disponibilizar seu tempo para esclarecer as dúvidas antes e depois do nascimento, abrindo um canal de comunicação e estabelecendo um vínculo afetivo, com profissionalismo, entre os pais e o pediatra do bebê.

Departamento de Pediatria Ambulatorial da SBP

FEBREFOBIA: essa é a febre do momento

Boa tarde, pessoal! Nada melhor que um dos sintomas que mais leva pais & filhos ao Pronto Socorro Infantil para estrear os assuntos aqui no Blog.Para isso resolvi recorrer a um dos meus textos queridinhos escritos pelo Dr. Moises Chencinski, o qual abordou o tema de forma brilhante e simplificada. O texto e do site da Sociedade Paulista de Sao Paulo.
Nunca é demais falar no assunto...

Febrefobia: essa é a febre do momento

?????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????Você já ouviu falar de febrefobia?
Se você tem filhos, é quase certo que você até teve febrefobia, que nada mais é do que o medo da febre. Ela está entre as principais causas de procura do pronto-socorro, do pediatra, da perda de sono e ansiedade dos pais.
Somos seres homeotérmicos
Quando sentimos frio ficamos pálidos e no clima quente ficamos vermelhos e transpiramos. Por que? Existe um sistema muito complexo que mantém nossa temperatura. Assim, quando o termostato (hipotálamo) avisa que está frio, a pele fica pálida pela “contração” dos vasos sanguíneos e não perdemos calor pela pele. Quando o aviso é de aumento de temperatura, há uma vasodilatação (ficamos vermelhos), transpiramos (suor), ocorre a evaporação desse suor e perdemos calor. Resultado final: homeotermia, ou seja, independente da temperatura externa, nossa temperatura se mantém constante.
Febre não é doença
Em algumas situações, especialmente nas crianças, nosso organismo é atacado por agentes externos que colocam nossa saúde em risco (principalmente vírus, bactérias, fungos). Nesses casos, trabalhos recentes mostraram que a febre é um mecanismo fisiológico que tem efeitos positivos quando nosso organismo tenta combater uma infecção, aumentando a produção de anticorpos e glóbulos brancos, dificultando ou até inibindo a multiplicação de alguns agentes infecciosos (vírus, bactérias).
O que fazer?
A única forma de saber se alguém tem febre é medindo sua temperatura. Ter um termômetro em casa é básico, “casa que tem criança tem que ter um bom termômetro”. Mas atenção: o termômetro de vidro com mercúrio está proibido pelo risco de acidentes na infância.
Considera-se normal a temperatura até 37º. Entre 37.2º C e 37.8ºC considera-se a criança subfebril. Acima de 37.8º podemos considerar uma criança febril, o que não quer dizer que temos que medicar. Nesse caso, recomenda-se desagasalhar a criança e medir novamente a temperatura após 30 minutos. Se a febre persiste, mas seu filho está ativo, se alimentando bem, é importante hidratá-lo, deixar o ambiente agradável, entrar em contato com o pediatra para saber se é necessário medicar para baixar a temperatura. Lembre-se que baixar a febre não trata a doença de base, apenas melhorando a sensação de conforto da criança.
Quando não esperar?
Há algumas situações que requerem uma atitude mais rápida dos pais, procurando seu pediatra ou um pronto-socorro:
  • se for a primeira febre de seu bebê, converse com seu pediatra para obter orientações;
  • bebês abaixo de 3 meses com temperaturas acima de 38º ou abaixo de 35.5º;
  • quando, mesmo após normalizar a temperatura, a criança de qualquer idade se mantiver irritada, com choro persistente ou muito “largadinha”, mole, apática, com pouca reação, sem querer mamar ou aceitar líquidos;
  • quando a febre se acompanhar de sintomas persistentes como dor de cabeça, pele vermelha, dificuldade de dobrar o pescoço, vômitos que não cessam, confusão mental, irritabilidade extrema ou sonolência, dificuldade importante para respirar.
O grande medo: a convulsão febril
Ao contrário do que se pensa, não é a febre alta que causa a convulsão febril. O que pode levar a esse quadro é a elevação ou a queda muito rápida da temperatura que faz com que o termostato não tenha tempo adequado para se adaptar e sofra uma “pane”. Assim, os banhos gelados não devem ser usados para baixar a temperatura da criança.
A convulsão febril costuma acontecer entre os 6 meses e os 6 anos de idade, mas é mais frequentes até os 2 anos. Ocorre numa frequência maior em membros de uma mesma família, que já tiveram o mesmo quadro quando crianças.
LEMBRETE: Apesar de assustar, a convulsão febril é benigna, rápida (tem segundos de duração, apesar de parecer uma eternidade quando é com nossos filhos), na grande maioria dos casos não costuma se repetir e na imensa maioria das vezes não deixa sequela nenhuma. O pediatra deve ser sempre avisado.
E as receitas da vovó?
  • Compressas mornas molhadas na testa? Pode.
  • Compressas de álcool no pescoço? Não pode, porque o álcool é absorvido pela pele e pode causar intoxicações, além de causar irritação na pele.
  • Sucos, chás frios, água para hidratação? Pode.
  • Cobrir com cobertores para aumentar a transpiração? Não pode (mantém o calor).
  • Roupas mais leves? Pode.
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Relator:
Dr. Moises Chencinski
Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da SPSP.
#febre #febrefobia #dicasdadramilane 

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Apresentando o Blog!

Boa noite!
Sao tantas as duvidas que sempre chegam no nosso dia-a-dia no consultório, que passei a me preocupar em direcionar um material didático para melhor orientação dos pais a respeito dos cuidados necessários ao crescimento e desenvolvimento saudável de suas crianças e adolescentes. 
Eis que venho criar esse espaço onde pretendo abordar temas essenciais desde a gravidez ate o final da adolescência, onde poderemos receber duvidas e propostas de temas. 
Espero ao longo do desenvolvimento desse espaco poder contar com a colaboração de todos e sempre estarei aberta a criticas e sugestões. 
Um forte abraco, 
Milane Miranda